sábado, 19 de outubro de 2013

Ainda não tirei a barba




Ao lado de Lula em Fortaleza, 1986
Vivíamos o ano de 1978, tínhamos saído da Cidade Velha, habitávamos a Cidade Nova. Jovem arrimo de
família sentia um profundo desejo de um novo mundo, tempos difíceis, trabalhando de pedreiro, junto com os meus irmãos compramos com muitos esforços um aparelho de televisão preto e branco nas lojas das Casas Maias em Natal.

Este grande investimento nos possibilitou a vermos o que acontecia no sudeste do país, comecei a ver e acompanhar um grande líder operário que surgia no ABC paulista mobilizando os metalúrgicos daquela região.

Aquele barbudo chamado Lula enchia-me os olhos de esperanças, aquela rebeldia e desobediência ao sistema vigente me contemplavam.

Barba mal feita simbolizada aquele conturbado momento, aceitei aquela forma, também deixei a barba crescer e segui o meu líder. Fundamos o PT, CUT, ativistas de tudo que era movimento. 

Os tempos passaram, cheguei ao poder municipal primeiro do que o meu líder, pois em 2000 ganhamos as eleições elegendo-me prefeito. O nosso Lula chegou ao cargo máximo da república em 2002, grande homem, grande presidente.

Como o tempo passa, aprendi com meu líder barbudo que Paulo Maluf, José Sarney, Jader Barbalho, Fernando Collor entre tantos outros eram pessoas nos quais os adjetivos não me atrevem mais a pronunciar, pois vejo hoje todos unidos e abraçados, lado a lado comandando o nosso povo.

Vejo o meu líder sem barba, vivenciando um novo período da história contemporânea, por tudo isto ainda caminho na construção do socialismo, continuo usando a mesma barba, pois muitas injustiças ainda precisam ser superadas em nossa pátria.

Não é o fato de ter ocupado o poder municipal que posso acreditar que esta tudo bem, continuo do mesmo lado que iniciei, três mandatos de prefeito, eleito pelo povo mais pobre e honesto do nosso município.

Sou grato a todos, tenho consciência do esforço que tenho exercido para construir em nosso solo o que antes outros não conseguiram. Obrigado, a luta continua, pois compreendo que nem sou o inicio nem o fim, apenas o meio.

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